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Bronze de Yane Marques em Londres completa 1 ano

12/08/2013 12h27
CBPM

Como primeira pentatleta latino-americana medalhista olímpica, pernambucana é considerada pelo Ministério do Esporte e Comitê Olímpico Brasileiro como atleta que brilhará nos Jogos de 2016

Era 12 de agosto de 2012, por volta de 18h20 na Inglaterra (13h20 em Brasília), quando Yane Marques entrava para a história do esporte mundial. Naquele momento, a brasileira cruzava, em terceiro lugar, a linha de chegada da disputa individual feminina do Pentatlo Moderno nos Jogos Olímpicos de Londres. Ali, a pernambucana conquistava o bronze que significou a 17ª medalha brasileira na competição, colocou o Brasil no 14º lugar do quadro geral de medalhas e fez dela a primeira pentatleta latino-americana medalhista olímpica.

O feito histórico de Yane aconteceu na última disputa dos Jogos de Londres, por volta de cinco horas antes da cerimônia de encerramento do torneio. A façanha da pentatleta ajudou o Brasil a subir três posições no quadro geral de medalhas em relação às Olimpíadas de Pequim (2008), quando o país conquistou 15 medalhas e foi o 17º.

Um ano depois, o bronze de Yane ecoa além de sua conquista pessoal, de enorme importância para qualquer atleta que sonha com uma medalha olímpica. O feito histórico da pernambucana deu visibilidade a ela e ao Pentatlo Moderno no Brasil.

“O bronze de Yane contribuiu não apenas para a evolução do Pentatlo, mas do esporte olímpico brasileiro como um todo. A medalha num esporte pouco familiar aos brasileiros fez com que o governo, os comitês e as confederações tivessem mais convicção de propor um plano de incremento às modalidades e aos atletas com chances de melhorar o resultado nos Jogos Olímpicos do Rio em 2016”, destaca Ricardo Leyser, secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte.

E Yane sabe aproveitar bem todo apoio que recebe. Se aperfeiçoando no centro de treinamento da Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno (CBPM) em Recife, por causa dos bons resultados alcançados, faz parte do projeto Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte.

Além dos apoios da Confederação Brasileira e do Ministério do Esporte, Yane também tem outros incentivos. Em 2009, se tornou Terceiro Sargento do Exército Brasileiro pela Comissão de Desportos do Exército no Rio de Janeiro (CDE-RJ). Um ano depois (2010), passou a integrar o Time Brasil, tendo apoio direto do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) em diversas etapas de seu treinamento.

“Selecionada quando fazia parte do Top 10 do ranking mundial, Yane passou a fazer trabalhos específicos para melhorar seu desempenho, com acompanhamento bioquímico e biomecânico, contratação de técnicos específicos para auxiliar no treinamento de equitação, natação e corrida, além de ter investimento em viagens para competições internacionais”, assinala Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Apoios continuam e aumentam

O bronze de Yane coroou o ótimo ciclo olímpico iniciado pela pernambucana depois das Olimpíadas de Pequim, quando foi a 18ª. Após o ouro conquistado nos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007, a pernambucana voltou a subir no pódio da competição na edição seguinte (2011), em Guadalajara, no México. Na ocasião, ela foi medalha de prata, garantindo ali sua participação nos Jogos de Londres.

Em 2009, a pernambucana foi vice-campeã da Final da Copa do Mundo. Em 2012, foi bronze tanto na primeira etapa da Copa do Mundo quanto na Final. No mesmo ano, surpreendeu também ao conquistar o ouro no Aberto da França, desbancando as pentatletas locais.

Nos Jogos Mundiais Militares de 2011, no Rio, ajudou o Brasil a conseguir sua melhor participação em um Mundial Militar. Subiu em todos os pódios que competiu: conquistando três medalhas: ouro por equipes e prata individual, na disputa feminina; e bronze no revezamento misto.

“Em 2011, Yane já estava entre as cinco melhores do mundo e em 2012 chegou a Londres na sua melhor forma física e técnica para conquistar uma medalha histórica para o esporte olímpico brasileiro”, avalia Nuzman, dizendo que o bronze da pernambucana serve de incentivo para vários jovens esportistas brasileiros. “Yane mostrou ser possível conquistar uma medalha olímpica em um esporte pouco popular no Brasil, com base do talento, na garra e nas ciências aplicadas ao esporte”, acrescenta.

A medalha olímpica de Yane colocou o Pentatlo Moderno nos planos de investimento do governo federal para os Jogos Olímpicos do Rio. Ciente do Plano Brasil Medalhas, que vai apoiar atletas de modalidades olímpicas e paralímpicas com chances de subir ao pódio em 2016, a Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno indicou a pernambucana para o Bolsa Pódio, uma categoria do Bolsa-Atleta que beneficia o competidor com investimentos que vão dos R$ 5 aos R$ 15 mil mensais.

O secretário Ricardo Leyser diz que a pentatleta tem todo o apoio do governo federal, em especial da presidenta Dilma Rousseff, que, segundo ele, sempre recomenda ao Ministério do Esporte atenção redobrada com as mulheres atletas para que elas tenham condições adequadas às suas necessidades de preparação.

“Por isso, já está assegurado que a nossa pentatleta medalhista será contemplada com a Bolsa-Atleta Pódio no valor previsto de R$ 15 mil mensais. Vemos na Yane não apenas uma chance de novo pódio em 2016, mas a inspiração para atletas de outros esportes e principalmente para os jovens que queiram começar a praticar o Pentatlo. Nada melhor que os bons exemplos para conduzir nossa juventude aos melhores caminhos”, conta Leyser.

Para o Comitê Olímpico Brasileiro, Yane continua como uma das peças importantes do Time Brasil. Assim como atletas de outras modalidades, a pernambucana está na linha de frente do planejamento do COB para os Jogos de 2016.

“As atletas passaram por avaliações do departamento de Ciências do Esporte do COB com o objetivo de identificar as características pessoais e a elaboração de um plano de treinamento específico para cada uma delas. Este investimento direto do COB dará mais condições para que elas se classifiquem para os Jogos Olímpicos Rio 2016 e cheguem com condições de brigar por medalhas para o Brasil”, aponta Nuzman.

 


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